Sacar um Kant
por Miguel Teixeira
Immanuel Kant, tal como a maioria dos outros bois prussianos que a história lembra, era um chad. Após a revolução metafísica do iluminismo e do estabelecimento da razão como o mais alto dos valores, Kant foi silenciosamente para casa, e numa mania sustentada a café escreveu uma crítica que fez as pessoas pensarem duas vezes e considerarem. Como se adquire razão pura? E que porra ser conhecimento verdadeiro?
Na altura, haviam 2 escolas de pensamento:
- Empiristas - Conhecimento só pode ser apurado experimentando-o. (Ex: coisas ser verdade porque as sinto, duh)
- Racionalistas - Conhecimento pela razão. (Ex: coisas ser verdade porque 2 + 2 = 4, git gud at math, lol)
Kant não descartou a razão como sendo o valor mais alto, mas quis salientar que a fonte de informação é o que realmente impacta o conhecimento. Dependemos dos nossos sentidos e instrumentos - que são corrompíveis - mas ao mesmo tempo existem fenômenos que, independentemente dos sentidos de qualquer pessoa, são obviamente reais. Para fazer uma distinção clara entre as verdades, ele concebeu:
- verdades subjetivas - que têm origens independentes e estão sujeitas às limitações dos sentidos da sua origem (Ex: É verdade na maioria das vezes)
- verdades absolutas - conceitos como Tempo, Espaço e Matemática (Ex: É verdade sempre)
Embora agora se possa provar que estava errado (pelo menos para o Espaço-Tempo), o pragmatismo de usar duas ideias aparentemente em conflicto e considerá-las ambas para uma entendimento mais verdadeiro do Universo foi o que o tornou aclamado. Ambas as verdades são verdadeiras. E o conhecimento verdadeiro é entender exactamente isso. …com uma pitada de reconhecer as nossas próprias incapacidades de experimentar a realidade em toda a sua extensão devido a equipamentos defeituosos. Este é um padrão que não só foi útil para os outros trabalhos de Kant, mas quando colocado desta forma, até se torna óbvio para qualquer um. Não pude deixar de pensar que estas ideias não eram apenas uma abordagem moderada das anteriores. Na minha cabeça, dizer que “Sim” para os dois lados de uma discussão passou se a chamar de “sacar um Kant”.
E dizer que “Sim” a qualquer discussão esotérica não se trata da acção mais chaddest de se ter?